Quero gritar, chorar, berrar... expulsar toda esta angústia que me consome até que a garganta me doa e a minha voz se torne inaudível.

Preciso de dormir. Hibernar, como fazem alguns animais. Seria necessária uma semana interrupta de sono para que todas as minhas forças fossem totalmente recuperadas.

Por vezes, há percursos difíceis demais, que parecem impossíveis de terminar. Cada passo que dou consome a minha energia. Sinto que desistir é a única solução. Mas vou continuando, pensando naquilo que me espera. Então, surge a tal "luz ao fundo do túnel" que me puxa e me dá força, mostrando que a estrada tem um fim e que não falta muito para terminar e conseguir aquilo que com esforço procuro. Mas é cansativo e esgotante.

Só quero parar, respirar e recuperar tudo que fui perdendo aos poucos. Quero-me a mim de volta. Toda a minha essência e aquilo que me caracteriza. Quero a minha alegria e o meu sorriso genuíno, não aquele que coloco na cara, quando saio à rua, para esconder o que verdadeiramente sinto.