segunda-feira, março 28, 2011



Não amamos quem queremos, como queremos e porque queremos. Amamos como podemos, e muitas vezes contra a nossa vontade, remando contra todas as marés, envoltos no mistério de uma escolha que não é feita por nós, mas por uma força que nos é superior à qual os místicos chamam destino, os cientistas chamam química e os portugueses chamam fado.









O equilíbrio entre viver com os pés assentes na terra sem nunca deixar de olhar para o céu é um dos maiores desafios do amor. Até porque, como escreveu Truman Capote, «é melhor olhar para o céu do que lá viver».









Citações de M. R. Pinto



Está noite cerrada. O sol já se pôs faz tempo... Vagueia o pensamento. Entre conflitos da alma ressente-se o olhar que deixa verter uma lágrima. Essa simples gota de água não vem só. Traz consigo dor e tristeza. Escorre, juntamente com outras, pelo rosto, de forma imparável. Não há lenço que as enxugue. Para as travar seria preciso que o sol estivesse suficientemente forte para tocar a alma e aquecer o coração. Mas o Inverno não parece querer partir. Com ele ficam sentimentos que, à sua semelhança, se apresentam cinzentos.

sexta-feira, março 18, 2011








Corre sem parar. Luta. Não desistas. Agarra o teu futuro. Abraça com força o que de bom te dão. Sorri sempre para os outros. Ignora aqueles que te invejam. Cresce sem ilusões mas não deixes de sonhar. Mereces o que de melhor o mundo tiver para ti.

quarta-feira, março 16, 2011


Quando vais parar de fugir? Algum dia deixarás de me virar as costas e de ignorar a minha existência? Conseguirás alguma vez ouvir-me com o coração e perceber que estou aqui para ti?
Eu quero agarrar-te. Impedir-te de ir. Mas não sou eu quem dita o que sentes. Sou apenas uma vítima desse teu coração duro que teima em não corresponder aos meus sentimentos. Fica. Olha para mim e vê, nos meus olhos, todo o amor que te posso dar. Faz um esforço por lutar contra esse teu egoísmo que apenas te deixa ver a ti. Repara, nem que seja por um momento, naqueles que estão à tua volta. Repara que estou aqui.

terça-feira, março 15, 2011


Há sentimentos que nascem genuinamente, como uma flor silvestre que não precisa de ser plantada. Em pouco tempo florescem e mostram-nos toda a sua beleza e tudo aquilo que nos podem dar. Depois nós só temos que ir regando essa bela planta, dar-lhe um pouco de sol e continuar a vê-la encher-se de cor. A amizade que nos uniu em tão pouco tempo nasceu assim. Apesar da rapidez com que surgiu é tão forte como o tronco de um carvalho antigo. Eu sei que não posso dizer aqui que são vocês as pessoas que melhor me conhecem, tal como não posso garantir que vos conheço bem. O que posso afirmar é que estes anos que se seguem verão uma bela rosa florescer. Uma bela rosa que é a nossa amizade, que procurarei proteger e a manter única e viva. A forma como estamos sempre disponíveis umas para as outras tem tanto de genuína como de admirável. É por isso que, independentemente do (pouco) tempo a que vos conheço, não hesito em correr para o vosso lado seja para chorar ou para rir que nem uma perdida. Obrigada por todos os momentos, por todo o apoio e por estarem ao meu lado.

quarta-feira, março 09, 2011

Acho que a sensibilidade pelo que me rodeia varia conforme a importância que dou a cada gesto, imagem ou palavra. É portanto normal, entendo eu, que pequenas coisas me toquem mais que outras, que poderei dizer serem mais substanciais mas, apesar disso, mais vazias de importância, pelo menos para mim. Ora, esta conversa vem a propósito do que alguém me disse à pouco: "não achas que estás a dar demasiada importância a isso?". Se calhar estou. Se calhar dou muito valor a quem não o merece. Mas gestos que para outros poderão parecer insignificantes para mim não o são, e magoam. Magoa-me quando me desprezam ou desvalorizam e eu sei que não o mereço. Porque, apesar da imensidão de defeitos que tenho, eu dou tudo aos outros. Eu estou lá quando é preciso, e se me faltam as palavras tenho sempre um sorriso ou um abraço. Sei que não é bonito fazer as coisas à espera de algo em troca mas quando respeita a sentimentos é duro quando não nos dão, pelo menos, um pouco do que dá-mos.

terça-feira, março 01, 2011






Percebo que sou mais altruísta do que pensava. Mesmo com o coração apertado por dentro nada transparece na minha cara. Tenho sempre um sorriso para quem está ao meu lado ou uma palavra de conforto para quem está como eu. Mas não me queixo. Gosto de ser assim. Se calhar porque ajudar os outros com os seus problemas me afasta dos meus. Fujo compulsivamente do que está mal na minha vida e acabo sempre por enterrar-me nas dificuldades dos outros...